Carta de Vitória

11/10/2014 13:05

No período de 17 a 20 de setembro de 2014 a cidade de Vitória em Espírito Santo sediou o CONBRAN 2014, que congregou em torno de 4.000 pessoas entre nutricionistas, técnicos de nutrição e dietética, estudantes de nutrição e demais profissionais da saúde. O congresso também foi abrilhantado por seus palestrantes, sendo eles 145 nacionais e 16 internacionais. Foram abordadas diferentes áreas temáticas da Nutrição, envolvendo os processos de produção, comercialização, transformação, preparo, distribuição e consumo de alimentos e suas relações com a saúde humana e com a segurança alimentar e nutricional.

A carta de Vitória elaborada pelo CONBRAN 2014 expressa o compromisso dos participantes com o enfrentamento desses desafios. Os debates desenvolvidos, apontaram para a inclusão na Agenda Pública Nacional e Ibero-americana os seguintes pontos:

  • Fortalecer programas que insiram a agricultura familiar e agroecológica nas ações e políticas públicas de alimentação e nutrição, a exemplo do PAA;
  • Aproximar o campo da alimentação e nutrição e o nutricionista às demais do conhecimento, tendo em vista que o campo e o objeto do seu trabalho é uma das expressões mais genuínas e preciosas da humanidade: as práticas e as culturas alimentares.
  • Fomentar e implantar ações e políticas de abastecimento que diminuam o circuito entre a produção e o consumo de alimentos, tais como agricultura urbana e periurbana, estímulos a equipamentos públicos, como feiras livres e hortas comunitárias, dentre outros;
  • Integrar a Nutrição e o nutricionista em todas as políticas que garantam os direitos sociais, a exemplo das políticas do idoso, da criança e do adolescente e da mulher;
  • Reconstruir o entendimento sobre o fenômeno da obesidade a partir da perspectiva da SAN, considerando suas diversas dimensões: disponibilidade, consumo e acesso e utilização biológica dos alimentos;
  • Estimular a politização do debate sobre os conflitos de interesses na dimensão econômica e tecnológica na área de alimentação e Nutrição;
  • Fortalecer políticas de enfrentamento das deficiências alimentares e das carências nutricionais, priorizando-se ações que valorizem o alimento, principalmente em sua forma in natura ou minimamente processada e de origem agroecológica.

Para ler a carta na íntegra, clique aqui.