CAMPANHA = REDE ASBRAN E FILIADAS

20/08/2014 18:24

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A Rede Asbran e Filiadas, dando continuidade nas ações da campanha nacional para estimular a redução do consumo de sal e açúcar, lançou mais uma peça e release desta campanha. Divulguem!!

Campanha para redução de açúcar e sal destaca orientações sobre rótulos

A Rede Asbran e Filiadas lança mais uma etapa da campanha nacional que busca incentivar a redução do consumo de sal e açúcar na população brasileira. Este mês, quando se comemoram os 65 anos de criação da Associação Brasileira de Nutrição e o DIA DO NUTRICIONISTA, ambos dia 31, a campanha pretende despertar o profissional e estudante para a prática da redução do consumo de sal e açúcar no dia a dia, envolvendo pacientes, familiares e amigos. Também destaca a importância de se observar com atenção as informações contidas nos rótulos de alimentos.

“Ler os rótulos dos alimentos é fundamental, pois eles trazem dados sobre a composição e a origem dos produtos, possibilitando melhor controle e redução de riscos relativos a doenças específicas, que possam envolver estes alimentos. A maioria da população se importa apenas com a quantidade de calorias descrita na embalagem, mas é importante saber que não são apenas as calorias que ditam uma dieta balanceada e que muitos componentes alimentares determinam os resultados de uma alimentação adequada para a saúde humana”, explica a nutricionista Telma Oliveira, da equipe Asbran.

Todo produto deve apresentar as informações nutricionais no rótulo. Ao comprar um alimento, observe se o rótulo contém a tabela nutricional mais os dados do fabricante, o lote, os prazos de validade. Avalie na informação nutricional o valor energético, proteínas, gorduras, carboidratos e fibras, e valores de ingestão diários. Saber identificar os dados na rotulagem do alimento é importante (como, por exemplo, alta quantidade de sódio e açúcar), pois os excessos podem ser prejudiciais à saúde.

IDENTIFICANDO A QUANTIDADE DE SAL E AÇÚCAR

A porção citada no rótulo é a quantidade média do alimento que deve ser consumida por pessoas saudáveis. O sódio está presente no sal de cozinha e em grande quantidade nos alimentos industrializados, entre eles os embutidos, pacotes de salgadinhos e conservas. O excesso de sódio prejudica muito o organismo humano, provocando retenção de líquidos e aumento da pressão arterial. Vale lembrar que não adianta controlar o sódio nos alimentos industrializados se não diminuir o sal no preparo de alimentos. Portanto, equilibre toda a refeição.

A recomendação do consumo máximo de sódio de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 2000mg (2g) de sódio por pessoa ao dia, equivalente a 5g de sal, sendo que 40% do sal são compostos de sódio. Se a quantidade de sódio for superior a 400mg, em 100g do alimento, o alimento é considerado rico em sódio e deve ser evitado. Açúcares no rótulo indicam a quantidade de açúcar contido nos alimentos, mas nem todos os produtos separam o açúcar do carboidrato na tabela. Fique atento a isso, especialmente se a quantidade de ambos for elevada. Outra informação a observar é que o açúcar tem diversos nomes nos rótulos: açúcar mascavo, açúcar cristal, mel, xarope, melado, glicose, dextrose, maltose, concentrados de frutas, entre outros. Segundo a OMS, as recomendações para o

consumo de açúcar simples, do total dos açúcares ou carboidratos da dieta, foram reduzidas de 10% para 5% do total das calorias diárias. Atenção para a ingestão de bebidas, massas, doces, pães e,

principalmente, no açúcar presente nos sucos de frutas.

JUNTE-SE A NÓS

A campanha pela redução do consumo de sal e açúcar, promovida pela Rede Asbran e Filiadas, vem recebendo importantes apoios, como o dos ministérios da Saúde (CGAN), do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; de universidades federais; Sistema CFN-CRNs; Rede Nutri; Sindicato dos Nutricionistas da Bahia e de Goiás; organizações não-governamentais, como Ideias na Mesa; entre outras entidades ligadas ao segmento da Nutrição.

SERVIÇO – A campanha será realizada até dezembro de 2014 e incluirá textos de orientação e informação no Portal da ASBRANwww.asbran.org.br. Para falar sobre ela e seu foco, faça contato com a Assessoria de Comunicação. Deseja receber as imagens em alta resolução, solicite à Assessoria de Imprensa.

Artigo publicado pela revista The Lancet evidencia o papel da indústria transnacional de alimentos ultra-processados na pandemia de doenças crônicas

26/02/2013 16:49

Uma das mais importantes publicações científicas na área de saúde, a Revista The Lancet publicada no Reino Unido pelo Lancet Publishing Group, trouxe em fevereiro um artigo intitulado “Profits and pandemics: prevention of harmful effects of tobacco, alcohol, and ultra-processed food and drink industries’.

O estudo analisa os efeitos sobre as doenças crônicas de produtos que o artigo denomina ‘unhealthy commodities’. Essas mercadorias incluem, ao lado do tabaco e das bebidas alcoólicas, produtos alimentícios que são ultra-processados. Após caracterizar essas ‘mercadorias que produzem doença’, em particular o que seriam alimentos ultra-processados, o artigo descreve a evolucao de suas vendas no mundo mostrando um enorme crescimento nos países de baixa e média rendas. Além disso, o artigo examina as estratégias utilizadas pelas indústrias transnacionais que produzem e comercializam tabaco, alcool e alimentos ultra-processados para minar políticas públicas que poderiam inibir o crescimento do seu consumo pela populacao. Estratégias similares são compartilhadas pelas tres industrias.

Os autores do artigo avaliaram então a eficácia de três alternativas para a prevenção dos efeitos danosos dessas três indústrias para a saúde da população: a auto-regulamentação, parcerias público-privadas e regulação pública. A conclusão principal é que apenas a regulação pública seria eficaz e que as indústrias de ‘mercadorias que produzem doença’, incluindo a indústria de alimentos ultra-processados, não deveriam ter nenhum papel na formação nacional ou internacional de politicas de combate a doencas crônicas.

Docente do departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP, Carlos Monteiro, foi um dos autores do artigo. Ele espera que a publicação deste artigo pela revista Lancet contribua para que as autoridades responsáveis pela Saúde Pública, no Brasil e nos demais países, atentem para a importância de políticas e ações que regulamentem as agressivas e eficazes estratégias de marketing utilizadas com tanto sucesso pelas indústrias de alimentos ultra-processados.

 

  • Veja aqui, o artigo na íntegra.

Fonte: Faculdade de Saúde Pública

Erros em artigos científicos brasileiros são mais conceituais do que de expressão

23/01/2013 11:41

A redação científica ainda representa o “calcanhar de Aquiles” de muitos pesquisadores brasileiros. E os erros cometidos ao escrever uma tese ou artigo científico estão muito mais relacionados a problemas de metodologia de pesquisa do que à falta de habilidade com as palavras para apresentar os resultados de forma clara, concisa e interessante.

A análise de Gilson Volpato, professor do Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Botucatu, está na sexta edição revisada e ampliada do livro Ciência: da filosofia à publicação.

Lançada no início de dezembro, a edição acrescenta quatro novos capítulos aos nove da primeira edição, publicada em 1998. Um deles apresenta um breve resumo da história da filosofia para explicar por que a ciência é feita tal como é hoje – aceitando conclusões apenas se forem baseadas em evidências empíricas (comprovadas experimentalmente).

A ideia desse capítulo, segundo Volpato, é demonstrar ao leitor o caráter indissociável entre a prática da ciência e questões teóricas e filosóficas, e que só é possível fazer boa ciência e escrever artigos para publicação em revistas de elevado fator de impacto quando se tem uma boa formação filosófica e um entendimento muito preciso dos conceitos científicos.

“É necessário ter uma compreensão muito clara sobre o que é fazer ciência para realizar boas pesquisas, que resultem em artigos sólidos para serem publicados em revistas de alto nível. Não dá só para corrigir a ponta desse processo – a redação científica – sem ter uma base bem fundamentada por trás disso”, disse Volpato à Agência FAPESP.

Especialista em redação e publicação científica, o autor – que dá cursos na área e já auxiliou pesquisadores brasileiros a reescreverem mais de 250 artigos científicos nas áreas de humanas, exatas e biológicas – avalia que alguns dos artigos publicados por cientistas do país apresentam muitos problemas estruturais.

Entre eles estão introduções que não cumprem essa função, tabelas, gráficos e figuras incompreensíveis, métodos duvidosos e dados que não corroboram as conclusões dos autores mas que, na maioria dos casos, segundo Volpato, apresentam erros inerentes à própria pesquisa.

“Se a pesquisa começou errada e é ruim não tem como fazer mágica no artigo. Se o pesquisador estudou uma questão irrelevante, por melhor que sejam os resultados, eles jamais resultarão em artigos científicos que extrapolarão as fronteiras sequer de seu laboratório e que dirá do Brasil”, disse.

Um dos principais erros conceituais nos trabalhos publicados por alguns cientistas brasileiros, de acordo com Volpato, é querer fazer ciência para solucionar problemas pontuais e localizados, sem tratar o fenômeno geral, que justamente tem a capacidade de resolver problemas pontuais.

Prova disso, de acordo com o especialista, é que no próprio título de alguns trabalhos publicados ainda aparecem o nome da instituição ou da cidade onde a pesquisa foi realizada e os dados foram coletados, reforçando a ideia de que o estudo está circunscrito àquele local.

“Para fazer ciência, realmente é preciso de dados que são coletados de algum lugar. Mas o problema é que alguns pesquisadores brasileiros coletam dados de um determinado lugar e só se preocupam com aquele lugar especificamente”, afirmou Volpato.

“É muito diferente de pegar os dados de um determinado lugar e construir uma ciência geral, que resolve questões particulares, como pode ser visto em artigos publicados por cientistas estrangeiros em grandes revistas científicas internacionais. Ainda falta esse aprendizado e ousadia científica ao pesquisador brasileiro”, compara.

 

Questões pontuais

 

Segundo Volpato, alguns dos fatores responsáveis pela ausência da ciência geral são a falta de formação filosófica sobre o que é necessário para construir conhecimento e o fato de que o Brasil ficou por muito tempo fechado para o mundo. Algumas áreas ficaram dissociadas da ciência produzida no exterior.

Por outro lado, de acordo com Volpato, outras áreas relacionadas à ciência básica, como imunologia, biologia celular e física, sempre tiveram uma inserção internacional natural que continuou e ganhou maior projeção na década de 1990 com os adventos da globalização e da internet.

De acordo com o pesquisador, é preciso rever esse conceito de se fazer ciência sob uma perspectiva estritamente local para que se possa melhorar a qualidade dos artigos científicos publicados por brasileiros e, consequentemente, aumentar a publicação em revistas de alto fator de impacto e citação internacional.

“A redação científica é um forte indicador sobre os conceitos científicos dos autores de forma que para melhorá-la é preciso, primeiramente, corrigir os conceitos dos pesquisadores sobre o que é fazer ciência”, disse.

Volpato também é autor dos livros Método lógico para a redação científica, Bases teóricas da redação científica, Publicação científica, Bases teóricas para redação científica, Administração da vida científica, Pérolas da redação científica, Dicas para redação científica, Lógica da redação científica e Estatística sem dor!.

O professor também divulga seu trabalho no site www.gilsonvolpato.com.br , que oferece artigos, dicas e reflexões sobre redação científica, educação e ética na ciência. O site dá acesso a aulas on-line do curso “Bases Teóricas para Redação Científica”, apresentado por Volpato na Unesp.

 

Por Elton Alisson – Agência FAPESP

Comida no museu

19/12/2012 14:13

A forma como gerações se alimentam, a comida do campo à mesa, e tudo desse universo, é explorado por lentes artísticas que ganham exposições nos museus de grandes cidades no mundo. As dicas para os apreciadores dessa fusão artística que vão viajar nessas férias são da americana doutora em nutrição Marion Nestle autora do livro “Food Politics – How the Food industry influences nutrition and Health”.

Nos Estados Unidos são três mostras que reunem diferentes abordagens sobre a comida. Em Washington, o Museu Nacional da História Americana, traz ao público a transformação da mesa americana da década de 50 aos anos 2000. “Food: Transforming the american table 1950-2000” apresenta através da comida a história dos americanos, suas relações sociais familiares e o desenvolvimento industrial no setor. Entre as atrações o público poderá sentir-se na própria cozinha de Julia Child com utensílios e equipamentos da década de 40.

Em Nova Iorque,  “Our Global Kitchen: Food, Nature, Culture”está em cartaz no Museu Americano de História Natural. A mostra explora o complexo sistema alimentar “desde a terra ao garfo” e visitantes poderão examinar a interseção entre comida, natureza, cultura, saúde e história além de refletir sobre as questões desafiadoras de nosso tempo.  A cada duas semanas até fevereiro um ingrediente será celebrado no espaço “Working Kitchen”, cozinha com agricultores e chefs que irão demonstrar os procedimentos de cocção e oferecer degustação ao público. O objetivo é mostrar que além dos cinco sentidos que influenciam no sabor de cada alimento, outros tambem complementam como memória, cultura, anatomia, genética e publicidade.  Ainda na “Big Apple”, a hora do almoço é tema da exposição “Lunch Hour” promovida pela Biblioteca Pública. Essa não precisa ir lá , está disponível para os internautas on line.

Do outro lado do continente, em Genenbra na Suiça, o Museu da Alimentação Alimentarium   da Marion Nestle tem exibições permanentes que aborda o universo da alimentação seja a cozinha ou os diversos tipos de refeição.  Agora, é escolher o destino e seguir viagem.

 

Fonte: Redação Malagueta – por Mariana Moraes

Anvisa altera alegações nutricionais em alimentos

20/11/2012 20:50

As alegações nutricionais, presentes nos rótulos de alimentos, deverão seguir novos critérios para serem utilizadas. É que a Resolução RDC 54/2012 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (12/11), alterou a forma de uso de termos como: light, baixo, rico, fonte, não contém, entre outros.

O uso da alegação light, por exemplo, só será permitido para os alimentos que forem reduzidos em algum nutriente. Isso quer dizer que o termo só poderá ser empregado se o produto apresentar redução de algum nutriente em comparação com um alimento de referência (versão convencional do mesmo alimento).

Anteriormente, a alegação light podia ser utilizada em duas situações: nos alimentos com redução e nos alimentos com baixo teor de algum nutriente. “Tal situação dificultava o entendimento e a identificação pelos consumidores e profissionais de saúde das diferenças entre produtos com a alegação light”, explica o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano.

Já os critérios para o uso das alegações de fonte e alto teor de proteínas receberam a exigência adicional de que as proteínas do alimento devem atender a um critério mínimo de qualidade. “Essa alteração visa proteger o consumidor de informações e práticas enganosas como, por exemplo, o uso de alegações de fonte de proteína em alimentos que contenham proteínas incompletas e de baixa qualidade”, afirma o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Anvisa, Agenor Álvares.

Base de cálculo

Outra novidade apresentada pela Resolução RDC 54/2012 da Anvisa é a alteração na base para o cálculo das alegações nutricionais. O cálculo antigo previa que os critérios para uso das alegações nutricionais fosse feito com base em 100g ou ml do alimento. Por exemplo, para veicular uma alegação de sem açúcar, um alimento sólido não podia conter mais de 0,5 g de açúcares por 100 g.

A nova regra alterou essa base e passou a exigir que os critérios para uso das alegações nutricionais, na maioria dos alimentos, fossem calculados com base na porção do alimento. Neste caso, para veicular a alegação de sem açúcar, o alimento não pode conter mais de 0,5 g de açúcares por porção.

Novas alegações

Oito novas alegações nutricionais foram criadas pela nova regulamentação. Para isso, foram desenvolvidos critérios para: não contém gorduras trans; fonte de ácidos graxos ômega 3; alto conteúdo de ácidos graxos ômega 3; fonte de ácidos graxos ômega 6; alto conteúdo de ácidos graxos ômega 6; fonte de ácidos graxos ômega 9; alto conteúdo de ácidos graxos ômega 9; e sem adição de sal.

De acordo com Álvares, essas alegações foram estabelecidas com o intuito de estimular a reformulação e desenvolvimento de produtos industrializados mais adequados nutricionalmente. “Além disso, permite que os consumidores sejam informados dessas características nutricionais específicas” afirma o diretor da Anvisa.

Visibilidade e legibilidade

A Resolução RDC 54/12 da Anvisa estabeleceu, ainda, que  todos os esclarecimentos ou advertências exigidos em função do uso de uma alegação nutricional devem ser declarados junto à esta alegação. Devem também seguir o mesmo tipo de letra da alegação, com pelo menos 50% do seu tamanho, de cor contrastante ao fundo do rótulo, de forma que garanta a visibilidade e legibilidade da informação.

Segundo o diretor da Anvisa, muitas vezes, o uso de uma alegação demanda a declaração de um esclarecimento ou advertência na rotulagem a fim de proteger o consumidor da veiculação de informações incompletas e potencialmente enganosas. “Um exemplo típico é o caso dos óleos vegetais com a alegação sem colesterol. Nesses casos, os fabricantes são obrigados a informar ao consumidor que todo óleo vegetal não contém colesterol, ou seja, que essa é uma característica inerente do alimento, que não depende de sua marca”, argumenta o diretor da Agência.

Mercosul

Com a publicação da Resolução RDC 54/2012, o Brasil harmoniza os regulamentos técnicos relacionados à rotulagem nutricional no âmbito do Mercosul. “Essa harmonização tem como objetivos facilitar a livre circulação dos alimentos, evitar obstáculos técnicos ao comércio e melhorar a informação para o consumidor”, afirma Álvares

As discussões técnicas sobre a harmonização de alegações nutricionais ocorreram na Comissão de Alimentos do Subgrupo de Trabalho 3. Durante quatro anos, além de compor a delegação brasileira nas reuniões do SGT-3, a Anvisa coordenou as reuniões internas com representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça e de diferentes setores da sociedade a fim de garantir uma ampla participação e discussão dos aspectos mais relevantes para definição da posição brasileira.

A Anvisa realizou também todo o processo de consulta pública interna da proposta de regulamento técnico, que foi publicada por meio da consulta pública 21/2011.

Adequação

Os alimentos produzidos a partir de 1º de janeiro de 2014 já devem seguir o novo regulamento. Já os produtos fabricados antes do prazo fornecido podem ser comercializados até o fim do seu prazo de validade.

A norma da Agência é valida para as alegações presentes em anúncios veiculados por meios de comunicação. Aplica-se, ainda, para toda mensagem transmitida de forma oral ou escrita.

A norma não engloba alimentos para fins especiais, águas envasadas destinadas ao consumo humano, sal de mesa, bebidas alcoólicas, aditivos alimentares, coadjuvantes de tecnologia, especiarias, vinagres, café e erva-mate e espécies vegetais para preparo de chás e outras ervas, sem adição de outros ingredientes que forneçam valor nutricional.

Confira aqui a íntegra da Resolução.

 

FONTE: Danilo Molina/ Imprensa – Anvisa

Lançamento de caderno sobre consumismo infantil

20/11/2012 10:58

O Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com o Instituto Alana, lançou na tarde desta quarta-feira (31/10) o caderno Consumismo Infantil: na contramão da sustentabilidade. “Se o Brasil quer ser líder de sustentabilidade no mundo, temos que provocar esse debate e saber quais as escolhas que a sociedade está fazendo”, afirmou a Secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Samyra Crespo.

“Estamos preocupados em saber que crianças vamos deixar para o planeta, e não apenas o contrário. Porque as crianças de hoje serão as responsáveis pelas escolhas no futuro”, acrescentou a secretária. Nessa linha, o caderno lançado orienta pais, educadores e cuidadores a lidar com os apelos da sociedade de consumo. “Os publicitários contam com instrumentos muito sofisticados para induzir as crianças ao consumo”.

Participaram do debate a coordenadora de Mobilização do Instituto Alana, Gabriela Vuolo; o coordenador substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Eduardo Nilson; o representante da Secretaria de Promoção do Direito da Criança e do Adolescente da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Sérgio Marcos; a representante da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Juliana Pereira e o assessor de Comunicação da Presidência da República, Sérgio Alli.

OBESIDADE PREOCUPA

Segundo o coordenador substituto de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Eduardo Nilson, a obesidade já alcança níveis preocupantes, assim como o diabetes e a hipertensão – doenças consequentes de alimentação e hábitos inadequados.

Já o coordenador de comunicação da Presidência da República, Sérgio Alli, destacou a dificuldade que é, para os pais, lidar com os apelos das novas tecnologias. “Quem é pai tem pouco espaço público de reflexão sobre como agir, muitas vezes é uma decisão solitária das famílias”, disse.

“O apelo para comprar as novidades é muito forte”, completou a representante da Secretaria Nacional do Consumidor, Juliana Pereira. “Vivemos na sociedade do ter. A criança aprende desde pequena que ela só é uma pessoa melhor se ela tem um tênis da marca X ou um brinquedo Y”. Essa inversão de valores, segundo ela, é consequência da sociedade consumista em que vivemos. “O Ministério da Justiça está multando empresas que abusam de brincadeiras e personagens infantis para vender produtos às crianças”, ressaltou ela. Há dez anos, tramita um projeto de lei na Câmara dos Deputados para proibir a publicidade voltada ao público infantil.

A representante do Instituto Alana, Gabriela Vuolo, destacou que ninguém nasce consumista. “É bastante preocupante que vejamos esses apelos consumistas direcionados a um público infantil”, disse. “Estamos trabalhando para reverter isso. As crianças até 10 anos não diferenciam o que é entretenimento do que é publicidade. Anunciar para esse público é contra qualquer padrão de sustentabilidade”. Ela segue a explanação apresentando dados: no Dia das Crianças de 2011, 64% da publicidade em 10 canais televisivos monitorados foram voltados para crianças; e uma em cada três crianças no Brasil está com sobrepeso.

“Se a conta dos recursos não está fechando, imagina lá na frente com esse ritmo de consumo desenfreado”, alertou Gabriela. O caderno traz dicas práticas como estimular as crianças a desligar a televisão e brincar ao ar livre, doar um brinquedo usado quando recebem um novo (ganhou, doou!), reciclar embalagens, comer lanches saudáveis e pensar se o bem de consumo almejado é realmente necessário e não um capricho.
A cartilha será distribuída pelo Ministério da Educação e pelo MMA ao público alvo (pais, professores e cuidadores). Para conhecer a cartilha, clique aqui.

FONTE: Ministério do Meio Ambriente, por LETÍCIA VERDI

Brasil integra o novo mapa da ciência

29/10/2012 10:42

A revista Nature publicou, no dia 18 de outubro, uma edição especial sobre as mudanças que ocorrem na forma como se faz ciência hoje no mundo.

Intitulada O novo mapa da ciência, a publicação destaca que hoje mais países, como China, Índia, Cingapura, Brasil e Coreia do Sul, estão tomando assento na mesa das nações que realizam pesquisas de alto nível, ao lado de superpotências como França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, que dominam a pesquisa científica desde 1945 e que podem perder a liderança nos próximos anos.

Uma das razões para essa mudança nessa geografia da ciência, segundo a publicação, é que a ciência está se tornando cada vez mais globalizada em função da expansão de redes de colaboração em pesquisa em todas as regiões do mundo, que estão reforçando a competência e a capacidade de pesquisa dos países emergentes e alterando o equilíbrio global da ciência.

“As fronteiras nacionais estão sendo superadas por rede de colaboração em pesquisa e ‘circulação de cérebros’, que possibilitam que os cientistas se movam de forma muito mais fluida em todo o mundo do que no passado”, aponta a publicação.

“Esse movimento de pessoas e ideias deve mudar a forma como a ciência é feita, como é financiada e as questões que aborda”, vaticina o editorial da revista.

Para ilustrar esse novo panorama, a revista cita dados da National Science Foundation (NSF) que aponta que quase um quarto dos artigos científicos publicados em 2010 tinha entre seus autores cientistas de mais de um país, contra 10% em 1990. Ainda de acordo com dados da NSF, o número médio de autores de pesquisas hoje, que é 4,5, é equivalente ao dobro do que era em 1980.

“Uma edição da Nature hoje tem um número similar de artigos científicos das edições de 60 anos atrás, mas eles têm pelos menos quatro vezes mais autores”, exemplifica a publicação.

Outros exemplos dados pela publicação para ilustrar o aumento da cooperação científica internacional foram os de alguns cientistas ganhadores do prêmio Nobel este ano.

O cientista japonês Shinya Yamanaka, vencedor do prêmio Nobel de Medicina por suas pesquisas com células-tronco pluripotentes induzidas (IPS), por exemplo, é professor da Universidade de Kyoto e ligado ao Instituto Gladstone, em San Francisco, nos Estados Unidos, onde coordena pesquisa com roedores.

Por sua vez, o francês Serge Haroche, ganhador do prêmio Nobel de Física, é professor de física do Collège de France, foi professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e das universidades Harvard e Yale, nos Estados Unidos, e mantém colaborações em pesquisa com cientistas de diferentes países, inclusive do Brasil.

“Muitas áreas da ciência estão se tornando internacionais. Os pesquisadores estão cada vez mais cruzando o mundo e se acostumando a trabalhar em dois ou três países ao mesmo tempo”, diz a revista.

Medidas para impulsionar a ciência no Brasil

A edição especial da Nature reuniu as opiniões de oito líderes de instituições, programas e agências de fomento à pesquisa de Cingapura, África do Sul, Suíça, Espanha, Rússia, Egito, Brasil e Coreia do Sul, sobre as medidas que devem ser tomadas para impulsionar a pesquisa em seus países na próxima década.

O diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, foi ouvido pela publicação para falar sobre o panorama da ciência no Brasil. Em seu artigo, publicado na seção “Comment” da edição especial, Brito Cruz destacou que o desenvolvimento científico do Brasil nos últimos 30 anos tem sido impressionante.

Em 2011, por exemplo, o país formou mais de 12 mil doutores e publicou 35 mil artigos em revistas científicas internacionais. Porém, em média, as citações de artigos científicos de autoria de pesquisadores no mesmo ano continuam sendo as mesmas de 1994, equivalendo a menos de 65% da média mundial.

“Cientistas brasileiros devem colaborar e publicar mais com pesquisadores de instituições de classe mundial no exterior”, indicou Brito Cruz.

Uma das propostas apresentadas por ele é que o governo desenvolva um plano para apoiar cerca de uma dezena de universidades na execução de programas de excelência, que possibilite situá-las entre as 100 melhores do mundo em uma década.

“O país já tem universidades altamente seletivas, que poderiam se tornar de classe mundial”, destacou Brito Cruz.

A edição especial da Nature sobre o Novo mapa da ciência pode ser acessada em www.nature.com/news/specials/global/index.html.

 

FONTE: Agência FAPESP – Elton Alisson