
Cientistas pedem inclusão da licença-maternidade no currículo
Após um pedido assinado por cientistas mulheres, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) informou nesta quarta-feira (27) que irá incluir uma aba com os períodos de licença maternidade e paternidade no currículo Lattes, principal plataforma para inclusão de publicações e desenvolvimento de pesquisa no país.
O G1 mostrou o caso em novembro. O documento foi assinado pela professora Pâmela Mello Carpes, da Unipampa, que chamou a atenção dos colegas ao colocar a seguinte frase no currículo: “Mãe de um filho de 14 anos, é atuante na causa das mulheres na ciência”.
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Currículo Lattes de Pâmela Mello Carpes — Foto: Reprodução/Plataforma Lattes
A pesquisadora faz parte de um grupo de cientistas que busca chamar a atenção para uma queda iminente na produção durante o período de licença-maternidade – e como isso pode influenciar negativamente na carreira de pesquisadoras.
Com a iniciativa, Pamela acabou servindo como modelo para outras cientistas. Outras mulheres passaram a incluir o período de licença na descrição do currículo Lattes – era uma primeira tentativa de sinalizar para órgãos de financiamento porque há uma queda nas publicações durante os seis meses.
O CNPq disse que a nova aba depende de alguns ajustes no sistema, que serão feitos pela área de informática. A mudança ocorrerá efetivamente nos próximos meses.
“As informações sobre maternidade e paternidade poderão ser utilizadas, por exemplo, na avaliação de produtividade do (a) pesquisador (a), um critério importante no julgamento de propostas de bolsa, já que o período de licença maternidade pode afetar diretamente na produção de artigos e outros resultados”, disse a instituição em nota.












